sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Como um menino


Quem sabe eu nunca tenha crescido, muito.
Me comporto como um garoto de 10 anos quando estou perto ou longe da pessoa que amo. Sei que muitas coisas mudaram e hormônios entraram na jogada, mas o silêncio ao telefone e o ligar sem saber o que dizer ainda me incomodam.

Versinhos idiotas e juras de amor me gastam muito tempo, tempo que eu poderia usar para outras coisas, coisas mais produtivas, mais importantes ou menos dolorosas. Se cada verso me rendesse algo. Se cada verso fizesse diferença. Se cada rima rica ou pobre nos aproximasse... Mas não.

Ainda fico a imaginar o nosso primeiro beijo e a nossa última conversa. Como um menino que espera o próximo dia de aula para sentar-se ao lado de quem gosta, anseio pelo nosso próximo encontro, que não mais acontecerá. Pego meus carrinhos, já velhos e gastos pelo tempo e pela vida e os guardo na estante. Talvez seja hora de amadurecer e mais uma vez estar pronto para sofrer e amar, ou amar e sofrer. Penso de novo e lembro-me de você, e como um menino que sonha com um conto de fadas, com salvar a princesa, começa tudo outra vez.

* http://blogportaljv.blogspot.com/2008_03_01_archive.html

3 comentários:

Tatiana Lazzarotto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elaine Crespo disse...

O texto é maravilhoso!
Gostei muito mesmo!

Sempre me surpreendo aqui!
Parabéns!!:)

Um belo domingo!

Beijos
Elaine

Neto Verneque disse...

texto otimo mesmo
e afinal de contas
não é que todos somos crianças crescidas.....

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